Daniel Nunes é psicoterapeuta e realiza atendimentos individuais no Azahar Spa
Mas qual é a contribuição que a psicologia junguiana tem a
dar neste caso? Qual é o seu diferencial?
Jung, o fundador desta linha de psicoterapia, tem uma visão
de que tudo o que percebemos é “distorcido” pela nossa realidade interior. Isso
é bem fácil de perceber quando vemos que uma mesma frase, um mesmo evento,
produz reações tão diferentes nas pessoas. Quando o assunto é relacionamento,
as pessoas com quem nos ligamos despertam em nós sentimentos de todo tipo. Há
pessoas que nos despertam sentimentos em relação ao pai, à mãe, ou mesmo a
pessoas e situações que foram boas ou ruins em nossas vidas. Isso é
simplesmente inevitável. Quem não quiser lidar com isso deve se trancar em um
quarto e de lá nunca mais sair.
Mas qual seria a função disso? Qual o motivo de funcionarmos
dessa maneira e muitas vezes isso nos trazer tanto desconforto?
De alguma maneira,
quando não resolvemos esses sentimentos que ficaram presos em nossa história,
nossa vida não se desenrola de uma forma saudável. Dessa forma o outro se torna
uma ponte para que possamos limpar nosso coração em relação a essas pessoas e
situações importantes. O problema é que tendemos a ver este outro como um
grande incômodo e edificamos barreiras feitas de mágoa, raiva, orgulho, e
outros tantos sentimentos que turvam nossa visão de tudo ao nosso redor.
Entretanto, ao limparmos nosso coração, somos capazes de escolher com mais
clareza o que queremos para nós. Escolhas pautadas no amor são muito mais
soberanas e nos permitem cultivar o sentimento de paz que tanto falta às pessoas
dos dias de hoje.
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