Todos nós erramos, todos temos pensamentos que não gostaríamos de ter, sentimos coisas que não gostaríamos de sentir, como a raiva, o medo, a ansiedade. Isso é o resultado do lado sombrio que existe dentro de nós. Não adianta a gente querer negar, querer ocultar a sua existência, pois algo que existe e que é ignorado acaba possuindo um poder maior do que de fato possui.
Quando tomamos consciência que temos realmente um lado sombrio, começamos a ter atitudes ou realizar atos para que esse lado não apareça, caso contrário, estaríamos expostos e os outros perceberiam que existe algo em nós que não é a imagem que realmente queremos mostrar.
Muitos encontram soluções paliativas através de remédios, outros que possuem um lado descontrolado em sua personalidade, buscam aulas de controle mental, e assim vão vivendo.
Mesmo com todas as alternativas existentes hoje para esconder o nosso lado sombra, que vive nas profundezas do nosso inconsciente, ele sempre é invencível e a única maneira de derrotá-lo, não é derrotá-lo, mas sim, trazê-lo para a luz.
Quando reconhecemos que ele realmente faz parte de nós, começamos a ter uma convivência com esse outro lado, que acaba perdendo a sua força, pois vai se integrando a nós.
Carl Jung, psicólogo suíço, ao discorrer sobre o arquétipo da sombra, disse que ele cria uma névoa de ilusão, que cerca o self. Então surgem os dois "selfs", o "eu bom" e o "eu mau". Somente quando não temos mais alternativa e chegamos ao conhecido "fundo do poço" é que essa névoa se dissipa e começamos a ver a realidade, e então surgem os pensamentos "sou mais do que esse medo", "sou mais do que essa ansiedade", "é preciso que essa situação acabe". E a partir daí, o "self" começa a se enxergar em sua totalidade, não são mais dois "eus" divididos. Houve uma integração, e a sombra perdeu o seu poder pois não há mais divisão.
Então, diante de tudo isso, é importante que você que ainda não descobriu o seu "lado sombra", comece a procurá-lo. Se quiser compartilhar, temos o "Espaço Conversa Terapêutica", no SPA Azahar, no bairro Cambuí, com vários horários de encontros em grupo.
Texto de Imaculada Bombicino - Conversa Terapêutica
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