segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A doença segundo a Medicina Tradicional Chinesa - Uma abordagem Integral



A quantidade de informações e afazeres à que o homem é exposto não para de aumentar, e o tempo para consumi-las só diminui. Entre uma atividade e outra, são feitos malabarismos para reservar um espaço para cuidar do corpo e da mente. Encaixam-se na agenda consultas com médicos de todas as especialidades, inclusive com aqueles que oferecem terapias baseadas na filosofia oriental.
As teorias e práticas da medicina tradicional chinesa resistiram aos séculos e ao avanço da medicina ocidental. Mais do que a cura de doenças, a medicina tradicional chinesa busca evitar o aparecimento dos males e ensinar o paciente a viver com saúde.
As bases da medicina tradicional chinesa estão no conceito de Yin Yang, na teoria dos cinco elementos da natureza e no sistema de canais de energias aplicado na acupuntura. A medicina tradicional chinesa acredita que o homem faz parte dos ciclos da natureza e é influenciado por eles.
Quando as condições externas (natureza) estão desalinhadas com as internas (organismo), as energias entram em desequilíbrio. Para reestabelecer a fluidez energética, a medicina tradicional chinesa recorre a tratamentos alternativos aos usados pela medicina alopática.
Para a Medicina Tradicional Chinesa, a doença é uma consequência do desequilíbrio entre o Yin e o Yang, energias antagônicas que se complementam. Essas energias podem representar tudo o que existe na natureza, ou seja, um só existe na presença do outro, um se transforma no outro.
Identificar uma doença fruto da desarmonia energética consiste no fundamento básico dos oito parâmetros: yin yang, calor e frio, interno e externo, excesso e deficiência. Depois desse pré-diagnóstico, o especialista pode partir para a análise dos processos fisiológicos individuais do paciente.
Dentro dessa compreensão de doença, o qi é um elemento fundamental para a saúde segundo a medicina tradicional chinesa. O qi é responsável pela saúde física e mental do ser humano  e passa pelo corpo através de canais de energia chamados de meridianos, pontos que diversas terapias orientais estimulam para retomar o equilíbrio.
Qi estabilizado é igual a corpo saudável e forte, logo resistente a agentes patogênicos. Contudo, fatores externos e de ordem emocional como estresse, fadiga, má alimentação, tristeza e medo podem comprometer o qi e provocar o aparecimento de uma doença.
Para expulsar a doença do organismo do paciente, a medicina tradicional chinesa utiliza diversas terapias, das quais conheceremos duas, a acupuntura e o tuiná.
Os pontos de energia do corpo humano, os meridianos, são os principais alvos da acupuntura. Agulhas da espessura de um fio de cabelo estimulam os meridianos com o objetivo de reativar a capacidade regeneradora do organismo e reestabelecer o curso da energia.
Ao desbloquear a passagem da energia em cerca de dois mil pontos no corpo, a acupuntura promove o alívio das dores e o tratamento de males como bronquite e enxaqueca.
A acupuntura abrange técnicas variadas com diferentes formas de estimular os pontos, como sons, correntes elétricas, pressão e calor. Este último é usado na moxabustão, técnica que queima uma erva chamada moxa e a aplica nos pontos da acupuntura.
Há duas formas de aplicar a moxa em brasa: uma é embrulhada em papel e colocada a cerca de dois centímetros de distância da pele; a outra é enrolada em um cone e colocada diretamente no ponto desejado.
Texto de Michele Hister - Naturóloga e Acupunturista do Azahar Spa.

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